quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A ingenuidade Masculina


"Sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso." Rm 3:4

No dia 25 de Novembro de 2011, Pedro Pucci Schaumann é condenado por matar sua ex-esposa, há 15 anos atrás, com um tiro na cabeça, após ter deixado as duas crianças, uma menina com 4 e um menino com 7, no colégio, saindo às pressas do apartamento logo depois.

http://www.youtube.com/watch?v=nhbXt_avI5c&feature=channel_video_title

O julgamento presidido pelo Juiz Antonio Carlos Klein, aconteceu no 1º salão do Forum de Fortaleza, começando as 9:00h da manhã, e só terminou as 22:00h após os 7 jurados darem seu veredicto.

A acusação começou o processo, arrolando 3 declarantes e 2 testemunhas. Os declarantes, que não tem a obrigação de dizer a verdade durante o processo, foram o Pedro Pucci Filho, a mãe da vítima Maria do Rosário, e a cunhada da vítima. As testemunhas foram uma moradora do mesmo prédio que a Vítima morava, e um Perito Criminal.

Os declarantes jogaram acusações em cima de Pedro Pucci, o réu. O Filho disse que viu o pai jogar a mãe em cima do sofá, e que fez o sofá se partir no meio (Que arte é essa, hein???). É bom que se diga, que Regina NUNCA fez um B.O. contra Pedro. Os B.O.´s contra Pedro (dois, diga-se de passagem) foram feitos pela mãe da vítima, acusando-o de bater na filha. Na época o delegado a perguntou se ela queria que ele investigasse e o chamasse para depor, mas apenas disse "que queria que ficasse registrado."

A cunhada da vítima disse, entre várias coisas, que no dia da lua-de-mel em que o réu deveria ter passado ao lado de sua esposa Regina- a vítima, ele foi dormir com outra mulher. Ainda admitiu que Regina desconfiou de que ela estaria tendo um caso com o marido dela, já comprovando o CARÁTER POSSESSIVO de Regina, e por isso, se distanciou dela. A mãe da vítima, Maria do Rosário, disse, que o réu era amigo íntimo, de Jayme de Paula Pessoa, o delegado que levantou o inquérito, e que inclusive, Pedro a ameaçou várias vezes de morte, pois era muito amigo de Jayme, e que nada aconteceria a ele.

A testemunha, moradora do mesmo prédio em que Regina morava com as duas crianças, disse apenas, que viu o réu sair ensanguentado do apartamento, porque estava fora e no momento que estava chegando cruzou com ele.

A segunda testemunha, o Sr. Roberto, Perito Criminal, foi interrogado pelos assistentes de acusação, e declarou que era uma tentativa de homicídio, seguido de suicídio. A própria acusação, questionou a veracidade do Perito, arrolado pela mesma, e levantou a possibilidade de processá-lo por falso testemunho. O juiz indeferiu o pedido.



Após a pausa para o almoço, o julgamento retornou com a Defesa. A Defesa arrolou duas testemunhas, um amigo da Família, Sr. Methon, e o delegado, Jayme, e o depoimento do réu.

O Sr. Methon falou sobre a integridade do réu, já que o conhecia desde criança. E o delegado, testemunhando a favor da Defesa, infelizmente pouco soube dizer, declarando que não lembrava do fato, porque foi há 15 anos atrás. Mas que o viu sim ensanguentado quando foi ao Hospital colher suas declarações e QUE NÃO O INDICIOU por se tratar claramente de um suicídio. A declaração do delegado, demonstrou seu pouco contato com o réu, desmentindo a declarante, Maria do Rosário, mãe da vítima.

Na vez do próprio réu falar, ele detalhou o acontecido:

Regina, a vítima em questão, era uma mulher instável, que nunca se decidia o que queria, e vivia insatisfeita com a vida que o seu esposo lhe dava. Exigia sempre uma vida melhor, e o agredia verbalmente com suas crises de ciúmes. Pedro, então se sente infeliz no casamento, e durante 1 ano e meio em que está separado de corpos de Regina, conhece Joana, sua atual esposa, ao qual está casado há 15 anos e tem 2 filhas adolescentes.

Pedro admitiu a traição, mas que a fez por se sentir infeliz, e decidiu tocar a vida com a nova mulher. Ainda casado no Civil, decidiu casar no Religioso com Joana, e não negou que Regina sabia. Por diversas vezes tentou um acordo com Regina para enfim, darem entrada no divórcio, mas Regina, nunca aceitou a separação, e a idéia de ele ter uma outra mulher.

No período em que passou separado de corpos com Regina, 1 ano e meio, Pedro não faltou com suas obrigações de pai. Fazia como de costume, deixar e pegar as crianças no colégio todos os dias. Sempre a ajudou financeiramente, nunca deixando faltar nada para os filhos. Mas Regina ainda não se dava por satisfeita, e sempre muito desequilibrada, ameaçava matar ele e as crianças com uma arma, que guardava em sua casa.

No dia fatídico, Pedro foi pegar as crianças para deixar no colégio, mas Regina gritou: -"Volte! quero falar com você!". E Pedro, preocupado com a segurança das crianças, satisfez mais uma vez a vontade de Regina.

Na volta, bateu na porta e ela gritou: "-Entre!". Após ter entrado, Regina por detrás da porta, a fecha com a chave. Regina se afasta e dispara 2 tiros em direção ao réu, em que um atingiu a boca, onde o projétil ficou alojado na coluna (2ª vértebra na área cervical). Pelo impacto, imediatamente ele desmaiou e caiu no chão. Regina atira mais uma vez com o réu ainda no chão, para se certificar que ele estava morto, e o projétil passa de raspão pelas costas, e fica alojado na parede do apartamento. Segundos depois ela atira em sua têmpora direita, e morre.

Segue abaixo as fotos de Pedro, após passar por 2 cirurgias (uma para retirar a bala da coluna, e outra para fixar a mandíbula), e ficar internado por 60 dias no Hospital Antonio Prudente:




Fica a pergunta: Isto tudo é uma farsa?

Após levar os tiros, Pedro acorda, e se arrastando, se aproxima da vítima, e tira de seu bolso a chave do apartamento. Se levanta, abre a porta, e sai a procura de socorro, pois derramava muito sangue pela boca. Se encontra pelo caminho com a síndica, em que ele pede, ainda balbuciando, por sua mandíbula estar deslocada, para avisar a família da vítima. Pega o carro, e decide ir sozinho ao Hospital Antonio Prudente, que se situava a 8 quarteirões do local. 

Após isto, o réu foi interrogado pelas partes. Ele foi questionado, pelo seu advogado Dr. Cleyton Marinho, se ele havia dormido com outra mulher no dia de sua lua-de-mel, e ele disse, que isso seria impossível, pois eles foram passar a lua-de-mel na casa da Mãe, desmentindo a declarante, cunhada da vítima.

Por último o advogado perguntou:"-Pedro, e o seu sentimento a esses dois filhos, como fica hoje?". E Pedro Pucci desabafou emocionado: "-Se um dia, eles quiserem vir a mim, e pedir perdão, eu estarei de braços abertos para recebê-los. Eles são meus filhos, e eu os amo."

Às 18:00h começou o debate entre os advogados. O promotor de Justiça, que não se mostrou nada imparcial, havia escolhido o Dia 25 de Novembro, Dia Internacional de Combate a Violência contra a Mulher, para o julgamento.

Um dos Assistentes de acusação, descreveu o dia do acontecido, como se houvesse apenas um tiro, e que o réu saiu correndo com TINTA VERMELHA na boca para simular um sangramento.

O advogado do réu, se limitou às provas, já que eram muitas. Mostrou o Raio X, do Hospital, com o projétil incrustado na coluna, mostrou as fotos em que o réu estava no Hospital, com a arcária dentária toda destruída, e o raspão da bala que passou pelas costas. Mostrou o laudo médico em que dizia que foi retirado uma bala da coluna. Mostrou que a arma se tratava de uma Rossi, cano curto, usada por um sargento do Exercito, e coincidência ou não, a mãe da vítima, Maria do Rosário, era cozinheira do Exército. Mostrou que o tiro dado por Regina em sua própria cabeça, se tratava por um tiro encostado, emitido no laudo médico.

Após isso, ainda assim, os jurados decidiram por condená-lo. Pedro Pucci foi condenado a 22 anos de prisão por 4 votos a 3. O juiz determinou que Pedro aguardasse o julgamento em liberdade, e fez questão de declarar sua decisão com veemência, por se tratar de um resultado que foi CONTRA AS PROVAS dos autos.

Acredita-se que o que convenceu os jurados da condenação foi o próprio filho testemunhar contra o pai, e as declarações do Advogado de acusação Paulo César, em que disse: "Hoje é o Dia Internacional de Combate a Violência contra a Mulher, e nós trouxemos aqui, associações, e não é possível que um cara, só porque tem prestígio e sua família tem dinheiro, vai acontecer o que sempre acontece nesse país, uma pobre mulher, será assassinada e nada será feito. Pobre vai pra cadeia?"

Sobre a condição financeira de Pedro Pucci, com muita dificuldade, comprou um carro, um Santana Quantum ano 2000, e mora na casa da Sogra, porque não tem condições de pagar aluguel.

Não há dúvida de que Pedro Pucci também é contra a Violência contra a Mulher, mas também existe a Violência contra o Homem, esta feita por mulheres desequilibradas que não querem deixá-los em paz. Aliás, a Lei Maria da Penha também serve para os homens.

Bom, vamos imaginar que o réu esteja certo, e porque então a família da vítima inventaria tal coisa?

Acredita-se que pelo fato de ser vergonhoso para uma família, ter um filho suicida. Dá-se a idéia da família ser desestruturada e desequilibrada. Parece que a filha não era amada pelos pais, e isto acarretaria uma culpa insuportável para os pais imaginar que eles próprios foram a causa da morte da filha. Depositar a sua culpa em um inocente, parecia a idéia mais maquiavélica.

Outra razão seria o fato, de a mãe da vítima, Maria do Rosário, ter medo de que descubram de onde veio a arma. Por ela ter sido cozinheira do Exército, e a arma ter sido adquirida de um Sargento do Exercito, e ele não querer confessar pra quem vendeu a arma, apenas disse: " que foi para um colega de farda". Aliás, é por isso que a arma sumiu!

Um fato importante a se dizer, é que Regina quando se casou no Civil com Pedro Pucci, retirou os sobrenomes da família e adotou somente o sobrenome do marido, por ter sido expulsa de casa, por estar grávida na época, sem ser casada. Ela sempre mencionava o ódio que tinha dos pais a todos.

Bom, embora a Acusação não soube explicar nenhuma das provas, e ainda mudava suas pressuposições do acontecido várias vezes durante o plenário, após o julgamento, os advogados que acompanham o caso há 15 anos, decidiram por concluir que houve realmente 2 tiros, partido do réu, mesmo sabendo que somente 1 acertou a vítima na cabeça.

Uma boa lição podemos tirar dessa tragédia, além de que isso daria um filme comovente e triste, mas a ingenuidade Masculina é um erro.

É um erro por que se mostrou no caráter ingênuo de Pedro Pucci, que uma atitude firme poderia ter mudado totalmente o curso deste julgamento. 

Ele deveria ter feito B.O. contra a própria Regina, quando a mesma o ameaçou duas vezes de matar ele e as crianças, com a arma apontando em sua cabeça, se Pedro não voltasse para casa. Ele não deveria ter voltado para o apartamento naquele dia. Pela ingenuidade, e também por medo temendo a proteção das crianças, deu margem  aos maquiavélicos tramarem uma farsa.

Ele deveria ter tirado a força as crianças do convívios dos pais da vítima, mas este tipo de comportamento não era típico de Pedro, e ele queria fazê-lo com a autorização da Justiça. Mas seu espírito passivo, deu oportunidade para as crianças crescerem no meio dos avós maternos, e a lavagem cerebral foi feita. Aliás, lutou por anos para ganhar a guarda dos filhos,e várias vezes o juiz enviou um assistente para interrogar os filhos no colégio, e o Pedro Filho, disse que "papai era um santo para nós", "tinha saudades do pai." e não citou nenhuma vez que o pai batia na mãe.

Ele não deveria ter entregue aos jurados, mesmo no desespero em propalar a verdade, quando divulgado o nome dos mesmos no Diário Oficial, o memorial do caso, como foi permitido pelo próprio advogado inexperiente (O advogado Cleyton Marinho foi contratado logo após o acontecido). Mesmo sendo permitido tal atitude, deve-se fazê-lo com permissão do juiz, mas o réu não sabia e o advogado nem o alertou.

Seu irmão, Rodolfo, não deveria ter entregue o projétil retirado da coluna de Pedro, nas mãos dos seguranças do Hospital, acreditando que a perícia passaria lá para colhê-lo. O projétil foi perdido. Ainda poderia ter chamado a Dra.Vania, médica que retirou o projetil de sua coluna. Mas na sua ingenuidade, mais uma vez, acreditou que o laudo médico, as fotos, e o Raio X, e o atestado do Hospital, bastassem para convencer os jurados.

Mas acima de tudo, a maior ingenuidade, foi a de um mal casamento. Foi a de mal escolha de uma mulher para ser sua esposa. Este é o espírito característico da família Pucci: homens bons, e ingênuos. Aliás, é por isso que as mulheres não querem largá-los.

E se você é mãe, não há nada de errado, em se meter no relacionamento dos seus filhos. Conheça a família   da moça que seu filho está namorando. A educação da família demonstra muito o caráter dos filhos. Por que casar com uma mulher algorenta e rixosa, é um inferno pro resto da vida. (Prov. 21:19)

Lembrando dos jurados, uma conclusão tive depois de tudo isso. Por mais que o homem queira ser justo, julgar de forma mais perfeita possível um caso, nunca vai conseguir. Justo Perfeito, só Deus.